sexta-feira, 4 de novembro de 2011

sua poesia



ja que nunca poetisei pra ti
hoje, depois de seu mentir
quero mesmo é somente rir (...)

(r...) ir
(.r..) ir
(..r.) ir
(...r) ir
ir...ir...ir...ir...ir

que a rima seja em demasia, fria e pobre
e meu riso fecunde sobriamente o pólen
modificando sua dissimulação em algo nobre

rir com escárnio
buscando no escarro
expulsar todo enfado
de um mero sentir, barato

é necessário é necessário


talvez, documentar este pobre fato
pois minha memória tem se negado
e subitamente, até deletado, seus dados

e nada armazenado e nada armazenado


jamais coisa rara
custosa ou mui cara
inventiva, amarga
venenosa e rasa

saia da estrada macabra
sem placas e sem amarras
deixando-me findar este legado
em que o recado fora-me revelado

amargo
amar
go...go...go...go...go

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