terça-feira, 16 de novembro de 2010

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Após um longo período de hiato em que internei-me na clínica dos poetas para desintoxicar-me um pouco da filosofia analítica, retorno sem grandes compromissos filosóficos e coloco-me a escrever algumas coisinhas poéticas.

Quem dera se por acaso
Desatino ou mero capricho divino
Incorporar-me moraesmente
Na minha alma elementos de Vinícius

Assim, talvez, quem sabe
Com a verve poética surgindo
Persuadir-me-ia de que sem chorar,
Pesar e sofrer, não valha pena viver

Sem furtar-me
No incorrerer
Em muito perder
Para enfim, amar.

Um comentário:

Nathália Bernardes disse...

Na veia do poeta, ao invés de sangue, corre amor, por vezes adormecido, por outras, latente. Quando aquele, o poeta sofre, quando este, poesia.