sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


Ah! essa excentricidade

Indústria de tantos males

Entre afetos e vales

Produziu outros ares

Agitando os mares


Ah! esse amargo

Que de calejado

Buscou o melado

E, já recuperado

Jorrou doces fatos


Ah! essa quimera

Que de outras eras

Fez da dor, coisas belas

Afogando na primavera

Todas as mazelas e misérias


Ah! e o pobre poeta

O que dele se espera?

Que abra todas as janelas,

Canalize em cada esfera,

Todas as formas belas e sinceras?


Quem dera!

Quem dera!

Quem dera!

Quem dera!

Quem dera!




2 comentários:

Carol. disse...

Adoro essa parte..

"Ah! esse amargo

Que de calejado

Buscou o melado

E, já recuperado

Jorrou doces fatos"

Guilherme D. Dutra disse...

Agora além de filósofo é poeta?!
Assim num dah cara.
Não é justo.
Huahua

Excelentes palavras, em plena harmonia e métrica. Parabéns.

Abraço velho.