Das manhãs de outrora
Coloquei-me na órbita
Desta pobre retórica
Inócua!
Inócua!
Inócua!
Remido na poesia
Agora, firo e sou ferida
Sinto a dor desmedida
Da medida que é só minha
Minha!
Minha!
Minha!
Tu disseste poetinha
Que negar-se, é negar a vida
E esta lição, hoje, me é carícia
Das carícias que são malícia
Malícia!
Malícia!
Malícia!
Assim caminha a vida
Com ferida ela é sentida!
Com amor ela é ferida!
Sem temor ela é poesia!
Sentida!
Sentida!
Sentida!