quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Chova

Mas chova de verdade

E com tal intensidade

Que arrebate

O que já foi tarde.


Caia

Mas caia de verdade

E com tal velocidade

Que esmague

O que já foi tarde


Suma

Mas suma de verdade

E com tal fugacidade

Que maltrate

O que já foi tarde


Beba

Mas beba de verdade

E com tal crueldade

Que acabe

O que já foi tarde


Viva

Mas viva de verdade

E com tal intensidade

Que esqueça

O que já foi tarde


Viva

Mas com plena liberdade

E com tal vivacidade

Que tudo que fora tarde

Não seja desculpa para um eterno alarde.

5 comentários:

Luciana B. disse...

que lindo *-*

Felipe Pauluk disse...

Poetinha...
vc está escrevendo tão sublime..
Sinto que tais palavras ecoam dentro de ti...
Muito bom mesmo ...
Parabéns

Anônimo disse...

Durante a leitura, me preencho de satisfação, prazer e concordância.

Ao término desta mesma leitura, flutuo numa imensidão vazia. As palavras se vão, enquanto permaneço só.

Ralph Kohler disse...

Grato pelos comentários de Luciana B. e de meu poetinha camarada Felipe Pauluk. Ao anônimo,resta-me apenas compartilhar a mesma sensação quanto ao término da leitura e um pedido para que identifique-se.

Luana Vidotte disse...

depois de tais palavras ...a vontade é de gritar sair correndo e se lambuzar com um sorvete qualquer