Confuso, luto e acabo por delatar o mundo
Eunuco, degusto, sisudo, o cubano charuto
E das cinzas que dele ultimam pinto minha retina
Deixando-a sem a cruel rotina, em ver-te, linda guria
Risonho, revigoro-me no fomento desmedido dos sonhos
Cujo grau de tolerância, pasmem, remete-me a infância
E no destilado cachorro engarrafado, vou apaziguando os fatos
De um poeta em manter a chama, do amor de quem não lhe ama.
Assim, com a brasa nas entranhas, vejo façanhas
Dentre as quais uma linda constatação me apraz:
De que amar vale à pena, mesmo sem ter-te, minha pequena
Já que a beleza do sentir sem possuir, não inibe o porvir.
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