terça-feira, 23 de novembro de 2010


Confuso, luto e acabo por delatar o mundo

Eunuco, degusto, sisudo, o cubano charuto

E das cinzas que dele ultimam pinto minha retina

Deixando-a sem a cruel rotina, em ver-te, linda guria


Risonho, revigoro-me no fomento desmedido dos sonhos

Cujo grau de tolerância, pasmem, remete-me a infância

E no destilado cachorro engarrafado, vou apaziguando os fatos

De um poeta em manter a chama, do amor de quem não lhe ama.


Assim, com a brasa nas entranhas, vejo façanhas

Dentre as quais uma linda constatação me apraz:

De que amar vale à pena, mesmo sem ter-te, minha pequena

Já que a beleza do sentir sem possuir, não inibe o porvir.

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